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vens ou ficas

by MALVA

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1.
intro 02:37
Deixa cair o peso do corpo, linda Que eu guardo-te o dormir Deixa, linda, deixa Que o não senti ainda
2.
ombro 03:14
No teu ombro sosseguei Fui dar comigo Tão depressa entrei e tu tão devagar tão devagar Que custa arrancar Te Osso limado De pele embrulhado De dia tapado De noite avistado Osso limado De pele embrulhado De dia tapado De noite avistado Osso embrulhado De pele afiado De dia tapado De noite avistado Osso embrulhado De pele afiado De dia tapado De noite avistado Osso embrulhado De pele afiado De dia tapado De noite avistado
3.
Só de pensar em dizer-te o meu nome Sinto-me a nascer Como se início Como se, mais do que eu, quisesses saber quem sou De onde venho, para onde vou Que medos fazem tremer A minha alma cansada Que nome tens Que nome queres Já me esqueci Que nome queres Que nome tens Não me esqueci
4.
espera 02:57
Vou tentar aguardar mais um pouco, Que ainda é cedo Vou tentar manter o choro calado, Só mais um bocado Na espera que não dê errado E fique gelado O colo que pulsa cansado Vou tentar aguardar mais um pouco, Que ainda é cedo Vou tentar manter o choro calado, Só mais um bocado Pra ver se então sossegado Fica o meu fado E talvez não fique marcado Sou uma cor que mancha Uma criança que desmancha toda a sua presença Fiquei tanto tempo aqui Fiquei lá fiquei Fiquei para saber ouvir-te
5.
manhã 03:37
Já falei de ti ao inferno Já sei que nos vamos encontrar Já gritei por ti ao Inverno Sem saber bem se procurar É ainda aconselhado É que tudo ao meu lado Diz que este amor é passado Já falei de ti ao Inverno Não sei se nos vamos encontrar Já gritei por ti ao inferno Sem saber bem se procurar É ainda aconselhado É que tudo ao meu lado Diz que este amor é passado Acordo-te aos berros Porque não sei calar Acorda-me aos beijos Para não ter de falar Já cansei de ti o caderno Que à noite em mim é luar É que tudo ao meu lado É ainda tão pesado Diz se este amor é passado
6.
extremidades 04:05
Deixei de me caber Para caber em ti Deixei teu corpo sobre o meu Na fé de me chegar Mas tenho de partir Daqui para me entregar Ao mar que eu nunca vi Se eu vir, vou querer ficar E se esta noite tu quiseres Sair daqui para ver o mar Faz tudo para então chegar Depois do meu desatracar Rasgam-se as extremidades Esticam-se, esticam-se, esticam-se Até se extinguirem, de vez, sim, redundantemente, as adiposidades Até que, em contraste com o sol, se vejam visceralidades esquecidas que talvez sem querer ainda invades e esqueces que outrora te foram tão alegremente cedidas. Esmagam-se, esmagam-se, esmagam-se, esmagam-se, esmagam-se Para que o tamanho, agora já estreito, te sirva e aqueça o teu imenso peito. Agora experimenta e olha-te ao espelho Em ti, claramente, à luz, o peito não fica vermelho E a razão para isso é, simplesmente, toda a tua carne ser o contrário da minha Que exposta, em repetição, oposta, com o tempo, o tempo definha. Não é tua essa pele que vestes, é minha e agora faz tanto frio Quem olha não esconde o fastio E o meu que um dia foi cheio de tanto perder tornou-se vazio. Mas tenho de sair Daqui para me entregar Ao mar que eu nunca vi Se eu vir, vou querer ficar E se esta noite tu quiseres Sair daqui para ver o mar Faz tudo para não chegares Depois do meu desatracar
7.
apontamento 03:50
Há de haver alguém Com algo a dizer Que não sabe bem Mas tem de o fazer Isso é porque quem Tem algo a dizer Não quer que ninguém Morra sem saber Que sabe tudo e tudo o que há pra saber. Porque sabe exatamente aquilo pelo que estás a passar, porque já passou por isso e viveu cerca de 3 mil anos no Tibete para recuperar e adquirir a sabedoria que agora te está a ensinar. Mas eu não quero saber porque esta história é só minha e mais ninguém viveu esta, por isso deixem-me estar com a minha história que me faz sentir única e especial neste mundo, mesmo que isso seja uma grande mentira. Eu também já o fiz, é uma coisa da nossa essência, a partilha, por isso não me admira que seja feito com tanta frequência. Mas, às vezes, calma. É possível que esteja a ser uma grande besta, mas as outras histórias diminuem a minha e o meu grande amor e o meu agora grande, grande vazio. Por isso, por favor, contam-me isso noutro momento. Noutro em que me preencha sentir que faço parte de um grande todo que sente todo a mesma coisa. Vou gostar de ouvir isso num outro momento. E vamos chorar e rir e admitir que é nestes lugares de partilha que nascem os laços mais fortes. Muito obrigada pela atenção, desculpai qualquer coisinha, sim? Não incomodo mais, sim? Já falei demais, o melhor é falar de outra coisa qualquer agora, não, o melhor é ir me embora. Fui Nunca soube estar à hora Nunca soube dar pela hora E se agora não melhora O melhor é ir me embora
8.
subida 04:32
Vim do fundo para cima e sei Que a subida é difícil um tanto mais que descer E se a queda é longa Mais longo é o regresso ao meu lugar Vinte metros para baixo São o dobro para cima Eu já sei, mas não sabia Que isso não se faz num dia Ficam restos nos recantos No caminho que se trilha Eu já fui mais do que queria Se perder não sou vazia E o som do embate é tão calmo Que mais parece não se dar Somente é assim neste caso Porque a queda foi devagar
9.
nota final 02:05
Esta cidade tem o teu nome E as ruas são só extensões dos teus dedos (Como se esses já não bastassem) E as casas, profundezas que não dizes É o que não sei que me consome Ainda assim ninguém sabe o que eu sei Esta cidade nem nome tem Se tivesse não caberia tanto As ruínas são só medos velhos que não visitas E os novos baloiçam em gruas Quando chove, não tenho dúvidas Mas quando o sol se supera Não sei o que pensas e isso é estranho Talvez tenha de mudar de morada Que esta faz-me viajar-te sempre que ponho o pé fora da porta julho de 2022

credits

released October 27, 2023

Music: Malva
Mix & Master: Zé Poças

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about

MALVA Porto, Portugal

Malva deu-se a conhecer em redoma, dupla portuense de sonoridade rap e ritmo desconstruído e poético, que formou com a produtora Joana Rodrigues.
Em 2023, assume a personalidade artística de Malva, nome dado às flores que aceleram a cicatrização de feridas, e edita o primeiro single extremidades.
Malva edita, agora,´vens ou ficas´, o seu álbum de estreia.
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